Alan Watts
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Alan Wilson Watts foi um filósofo, escritor, orador e teólogo, que popularizou e difundiu a cultura oriental e principalmente o Zen-Budismo no ocidente (embora não sem críticas de que ele não entendia realmente o Zen-Budismo).
Alan Watts se considerava um "Spiritual Entertainer"("divertidor espiritual"), titulo inventado por ele, pois ele não se considerava um mestre, guru, ou educador sobre espiritualidade, pelas conotações que esses rótulos carregam, conotações de autoridade sobre determinado assunto, autoridade que ele não julgava ter, tendo em vista que a verdadeira autoridade está dentro de cada um.
''O mundo é visto como separado porque a pessoa projeta nele o seu próprio estado de confusão e ignorância; assim, em cada um de nós há essa mente que observa as circunstâncias criadas por ela mesma e, de acordo com a natureza particular da expressão dessa mente nos indivíduos, são criados os ambientes que os envolvem.'' ( O espírito do Zen, livro de Alan Watts)
Nascido na Inglaterra em 1915, Alan Watts, ainda na infância, sentiu-se atraído pelas histórias sobre o Extremo Oriente e passou a ler tudo o que conseguia encontrar sobre o assunto.
Com a idade precoce de 16 anos, fazia palestras regulares no templo budista em Londres. Foi lá que conheceu D. T. Suzuki e familiarizou-se com a qualidade iogue do hinduísmo e as influências taoístas do zen-budismo.
Antes de emigrar para os Estados Unidos, Pouco antes da guerra, era pastor da Igreja anglicana. Após haver abandonado o cargo religioso, viveu vários anos no Japão, onde estudou o budismo zen. Depois da guerra, lecionou em diversas universidades americanas: Harvard, Cornell, Havaí.
Milhões de ouvintes acompanhavam seus cursos pelo rádio. Anos depois, mudou-se para Nova York onde passou um tempo com o mitólogo Joseph Campbell.
Filósofo, escritor e estudioso de religiões, inspirou o personagem Japhy Rider do romance "Vagabundos iluminados", de Jack Kerouac.
Watts apenas levantava questionamentos e duvidas que nos levam até determinadas conclusões, que não concluem nada necessariamente, apenas levantam mais questionamentos.
Se você diz que determinada pessoa tem conhecimento sobre tal assunto, e que a opinião dela faz sentido, essa é a SUA opinião, e é a SUA autoridade definindo isto como sua verdade.
Ensinamentos:
-O Zen é uma libertação do tempo. Se abrirmos nossos olhos e vermos claramente, torna-se óbvio que não há nenhum outro momento além deste instante, e que o passado e o futuro são abstrações da mente, sem qualquer realidade concreta.
-Nós raramente percebemos, por exemplo, que os nossos pensamentos mais íntimos e emoções, não são realmente nossos. Por que pensamos em termos de linguagens e imagens que nós não inventamos, mas que foram nos dadas por nossa sociedade.
-Ter fé é como estar na água. Quando você nada você não se agarra na água, porque se você fizer isso você vai afundar e se afogar. Em vez disso você relaxa e daí, flutua.
-Tentar definir a si mesmo, é como tentar morder seus próprios dentes.
-O sentido da vida é apenas estar vivo. É tão óbvio e tão simples. E, no entanto, todo mundo corre em torno de sentido com um grande pânico, como se fosse necessário conseguir alguma coisa além de si mesmos.
- O desejo de segurança e o sentimento de insegurança são a mesma coisa. Prender a respiração é perder o fôlego. Uma sociedade baseada na busca por segurança nada mais é que um concurso de quem prende mais a respiração - onde todo mundo é tão tenso como um tambor, e tão roxo como uma beterraba.
-Quanto mais uma coisa tende a ser permanente, mais ela tende a ser sem vida.
-Um sacerdote me disse uma vez , que a religião estará morta se um dia os sacerdotes rirem uns para os outros no altar. Eu sempre ri nos altares, seja ele cristão, hindu ou budista, porque a verdadeira religião é a transformação da ansiedade numa grande gargalhada.
-Se você pegar um frasco de tinta e jogar em uma parede, ele estoura e toda a tinta se espalha! No meio, a tinta é mais densa, não é? Nas extremidades, as pequenas gotas são mais tênues, e criam padrões mais complicados, você consegue visualizar? Assim, da mesma forma, houve um big-bang no início das coisas e tudo se espalhou.
-Se você se considera como sendo apenas o que está dentro de sua pele, saiba que você é bem mais que isso, você está bem na borda dessa grande explosão. Muito distante no espaço e no tempo, há bilhões de anos atrás, você era o Big-bang, mas agora você é um ser humano complexo.
E então nós nos distanciamos, e não sentimos que ainda somos o Big-bang. Mas nós ainda somos.
Você não é alguma espécie de fantoche no final do processo. Você ainda é o processo! Você é o big-bang, a força original do universo, acontecendo...
Quando eu te encontrar, eu não ver como que você se define como Senhor tal ou Senhora tal, eu vejo cada um de vocês como a energia primordial do universo, que vem até mim dessa forma particular.
Eu sei que eu sou isso também. Mas nós aprendemos a nos definir como separados de tudo isso.
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